A Europa, hoje foco da pandemia do coronavírus, está se organizando para que não falte comunicação no continente. Para isso, contará com o auxílio de grandes empresas de tecnologia. A União Européia pediu a Netflix que diminua a qualidade de seu streaming, para que a internet do continente não seja sobrecarregada. Foi atendida.
“Devido aos desafios extraordinários criados pelo coronavírus, a Netflix decidiu começar a reduzir a taxa de bits em todas as nossas transmissões na Europa”, diz a nota da empresa, publicada na revista Variety, dos Estados Unidos. Bits são as unidades de informação que podem ser armazenadas e transmitidas. A taxa indica quantos bits são enviados por segundo.
A baixa qualidade do streaming, que será restrita à Europa, durará por 30 dias, a princípio. “Nós estimamos que isso vai reduzir o tráfego nas redes europeias em torno de 25% enquanto garantimos a boa qualidade do serviço prestado”, explica a nota.
A mudança começou a valer na quinta-feira, dia 19. Um dia antes, Thierry Breton, ex-ministro francês, hoje um dos comissários europeus para o mercado interno, disse em suas redes sociais que teve uma conversa com um diretor da Netflix, selando esse acordo.
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Aumento de consumo da Netflix
“Para combater a Covid-19, nós ficamos em casa”, escreveu Breton. “Trabalho remoto e streaming ajudam muito, mas as infraestruturas podem estar sob tensão.”
Breton teme que, pelo fato de muitas pessoas terem adotado o isolamento, o consumo da internet e das plataformas de vídeos tendem a se multiplicar. “Para garantir o acesso à internet para todos, vamos mudar para a definição padrão quando o HD não for necessário”, disse o comissário.
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