Uma nova corrida espacial está em curso na história, dessa vez sem o contexto bélico e político que caracterizou a Guerra Fria, no século passado. O mote agora é comercial. Nessa semana, a Nasa anunciou mais concorrentes pelo contrato de entrega de suprimentos à Missão Artemis, que estará na lua até 2024.
Entram na briga a SpaceX, de Elon Musk, e Blue Origin, de Jeff Bezos. Elas disputam com outras grandes empresas. Ceres Robotics, Sierra Nevada Corporation e Tyvak Nano-Satellite Systems foram inseridas na lista recentemente, onde já constam: Astrobotic Technology, Deep Space Systems, Draper Laboratory, Firefly Aerospace, Intuitive Machines, Lockheed Martin Space, Masten Space Systems, Moon Express e OrbitBeyond.
Todas querem fazer parte do Programa Serviços de Carga Lunar Comercial (CLPS) da agência e, de tabela, viabilizar a missão que, pela primeira vez, levará uma mulher ao solo lunar.
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Parceria com a Nasa
A SpaceX e a Blue Origin já avançam em projetos paralelos de viagens ao satélite natural. Musk havia afirmado que, em breve, colocará em órbita o seu foguete Starship como teste a uma viagem tripulada, com previsão para 2022. Bezos segue o mesmo caminho. Ele quer desenvolver um sistema de pouso na lua antes mesmo da Missão Artemis.
A expectativa do empresário é fortalecer parcerias com a Nasa e órgãos do poder público. Em outubro, durante um evento do Congresso Astronáutico Internacional, em Washington, afirmou que chegar novamente à lua deve ser uma prioridade dos Estados Unidos. “Esse é o tipo de coisa que é tão ambiciosa que precisa ser feita com parceiros”, disse ao The Washington Post. “Esta é a única maneira de voltar rapidamente à lua. Nós não vamos voltar para a lua para visitar. Vamos voltar para a lua para ficar”.
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