Após muita especulação, a LG finalmente confirmou que sairá do mercado de smartphones até junho de 2021. A justificativa oficial é de que a decisão permitirá que a empresa concentre seus recursos em outras áreas que gerem lucro aos sul-coreanos. A decisão da LG acontece três meses após o CEO Brian Kwon afirmar que a empresa estava aberta a todas as possibilidades para a sua divisão de celulares.
Em um comunicado oficial, a marca afirma que a decisão de deixar o “setor incrivelmente competitivo de telefonia móvel” vai permitir que ela foque em outros segmentos, como componentes para veículos elétricos, dispositivos conectados IoT, casas inteligentes, robótica e inteligência artificial, além de plataformas e serviços para empresas (B2B).
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Atividades como suporte ao consumidor e atualizações de software vão permanecer “por um determinado período” que varia de acordo com a região, sendo que comunicados específicos devem ser realizados com o tempo.
A LG ocupou a terceira colocação no mercado de smartphones brasileiro nos últimos anos. No entanto, globalmente, a empresa tinha tido apenas 1,91% do setor no terceiro trimestre de 2020, segundo a consultoria Counterpoint Research.
Com a saída, é possível que o projeto de smartphone de tela “enrolável” da empresa, o LG Rollable, não passe mais da fase de protótipo. Ele foi mostrado pela primeira vez em janeiro de 2021 e tinha previsão de lançamento para este ano. Já os últimos modelos lançados de fato pela sul-coreana foram o experimental LG Wing, o elegante LG Velvet e os intermediários LG K52, K62 e K62+.
Segundo o The Verge, a LG tentou encontrar um comprador para seu negócio de telefones, no entanto, não encontrou compradores, o que fortaleceu a possibilidade do fechamento.
A empresa já amarga prejuízos em sua operação de smartphones há pelo menos cinco anos, já que seus aparelhos premium não conseguem ser competitivos contra os modelos de Samsung, Apple e Motorola. Enquanto isso, os modelos de entrada não competem com os aparelhos chineses.
A empresa segue uma tendência que já foi iniciada por outras companhias, como a Sony, que diminuiu bastante o volume de seus celulares da linha Xperia nos últimos anos.
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